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Imagem: Jean-Baptiste Debret.

Base John Monteiro

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ROOSEVELT, Anna C - org. Amazonian Indians from Prehistory to the Present: Anthropological Perspectives. Tucson: University of Arizona Press, 1994, 421p . . Fruto de uma conferência internacional Wenner-Gren, esta coletânea reúne 17 estudos, em sua maioria inéditos, oferecendo um amplo panorama dos estudos amazônicos, com uma certa ênfase em questões de adaptação. A parte sobre as “primeiras transformações” realça de maneira mais concentrada a documentação histórica . (John Monteiro).
TASSINARI, Antonella Maria Imperatriz. No Bom da Festa: o processo de construção cultural das famílias Karipuna do Amapá. São Paulo: Edusp, 2003, 413p . . Essencialmente uma etnografia dos Karipuna, este livro inclui uma problematização da história indígena, em dois sentidos: primeiro, na utilização de "dados históricos" sobre a região do Uaçá para mostrar como a dinâmica das relações interétnicas forneceu as condições para a configuração de identidades étnicas e para a manutenção de uma relativa autonomia dos povos indígenas; segundo, na utilização de histórias de vida e testemunhos indígenas para compreender como os Karipuna construíram concepções acerca da categoria de "misturados", a qual caracteriza a sua singularidade. O livro é muito bem ilustrado, não apenas com fotografias etnográficas contemporâneas mas também com algumas imagens antigas, inclusive do livro de viagem de Jean Mocquet (1617), com uma ilustração de mulheres Karipuna . (John Monteiro).
ACUÑA, Cristóbal de. Novo Descobrimento do Grande Rio das Amazonas. Rio de Janeiro: Agir, 1994, 180p . . Trad. Helena Ferreira. Nova tradução da crônica da expedição comandada por Pedro Teixeira entre 1637 e 1639, escrita por um dos jesuítas que acompanharam a viagem de regresso, de Quito à boca do Amazonas. Encomendado pela coroa espanhola, o relato apresenta detalhes sobre as populações indígenas abordadas na viagem e sobre as atividades de apresamento conduzidas pelos portugueses de Belém e São Luís. A boa introdução assinada pela historiadora Maria Yedda Leite Linhares fornece o contexto para a leitura deste notável relato . (John Monteiro).
ALMEIDA, Maria Regina Celestino de. Metamorfoses Indígenas: identidade e cultura nas aldeias coloniais do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2003, 301p . . Obra vencedora do Prêmio Arquivo Nacional de Pesquisa em 2001, este livro apresenta uma ampla pesquisa documental, a partir da qual a autora tece uma abordagem inovadora da história dos índios no Rio de Janeiro colonial. O enfoque recai no papel das lideranças nativas, na inserção dos índios aldeados no sistema de trabalho colonial, nas disputas em torno das terras e na busca de uma identidade indígena num contexto de mudanças profundas . (John Monteiro).
AMOROSO, Marta Rosa; FARAGE, Nádia - orgs. Relatos da Fronteira Amazônica no Século XVIII: Alexandre Rodrigues Ferreira e Henrique João Wilckens. São Paulo: NHII/USP, 1994, 134p . . Série Documentos. Dividido em duas partes, este livro apresenta a transcrição de documentos inéditos de grande valor para a história indígena da Amazônia. A primeira parte inclui o "Diário de Viagem ao Japurá", do engenheiro Wilckens, com minúcias sobre a expedição demarcadora de limites e suas relações com os índios da região, além de outros documentos ligados à atuação de Wilckens, com destaque para as relações com os Mura. A segunda parte traz dois textos, inéditos em português, da Viagem Filosófica de Alexandre Rodrigues Ferreira: o "Diário do Rio Branco" e o "Tratado Histórico do Rio Branco". Redigidos em 1786, os dois relatos comentam extensamente a presença e as atividades dos índios, com destaque para os circuitos de trocas, a participação militar e, sobretudo, a atuação dos principais . (John Monteiro).
BARROS, Edir Pina de. Os Filhos do Sol. História e cosmologia na organização social de um povo Karib: os Kurâ-Bakairi. São Paulo: Edusp, 2003, 385p . . Fruto de uma longa convivência da autora entre os Bakairi no Mato Grosso, esta etnografia versa mais sobre a cosmologia e a organização social do que sobre a história. Ainda assim, o primeiro capítulo apresenta informações muito ricas retiradas de fontes históricas diversificadas, dos relatos coloniais, à documentação do Império, aos relatos da expedição de Karl von den Steinen (1884), aos relatórios do SPI . (John Monteiro).
BELLUZZO, Ana Maria de Moraes et al. Do Contato ao Confronto: A conquista de Guarapuava no século XVIII. São Paulo: BNP Paribas, 2003, 144p . . Edição requintada das estampas da Coleção Beatriz e Mário Pimenta Camargo, uma série de aquarelas atribuídas a Joaquim José Miranda, retratando cenas de contato entre uma expedição portuguesa e índios Kaingang no sertão do Tibagi, atual Paraná, por volta de 1770. Além da reprodução definitiva das aquarelas, o livro inclui artigos de Marta Rosa Amoroso, Nicolau Sevcenko, Ana Maria Belluzzo e Valéria Piccoli. Edição bilíngue português-francês . (John Monteiro).
CARDOSO, Rafael; BANDEIRA, Júlio et al. Castro Maya Colecionador de Debret. São Paulo: Capivara, 2003, 264p . . Trata-se de um catálogo geral da coleção de aquarelas, esboços e documentos adquirida por Raymundo Ottoni de Castro Maya junto aos descendentes de Debret em Paris em 1939. Na série "Tipos Índios", Debret tematiza trajes, práticas sociais e cultura material com algum destaque para a região leste (Botocudo, Puri, Maxakali, Camacã), porém com ilustrações interessantes de Guaicuru, Guarani e "caboclos civilizados", inclusive da cidade do Rio de Janeiro. São muito ricas (porém mal identificadas) as aquarelas de máscaras indígenas. O livro inclui estudos sobre Debret e a coleção . (John Monteiro).
FERNANDES, João Azevedo. De Cunhã a Mameluca: a mulher tupinambá e o nascimento do Brasil. João Pessoa: Editora UFPB, 2003, 303p . . Ao transitar entre a etnologia e a história, o autor produz uma monografia marcada sobretudo pela originalidade na abordagem crítica dos inícios da mestiçagem no Brasil. O livro desloca o foco para as mulheres tupinambás enquanto protagonistas de uma história de relações que devem, segundo o autor, ser analisadas a partir de um "paradigma interétnico". Para tanto, realiza uma ampla reavaliação crítica dos estudos históricos e etnológicos à luz de uma releitura de relatos e fontes coloniais dos mais variados. A riqueza deste trabalho só é empobrecida pela baixa qualidade editorial do livro . (John Monteiro).
FREIRE, José Ribamar Bessa; ROSA, Maria Carlota - orgs. Línguas Gerais: política lingüística e catequese na América do Sul no período colonial. Rio de Janeiro: Ed. UERJ, 2003, 209p . . Apresentados originalmente no I Colóquio sobre Línguas Gerais, os 11 artigos deste volume proporcionam uma excelente introdução à temática, abrangendo estudos de linguística e de história. Um dos focos principais dos trabalhos reside na política e na produção dos jesuítas na sistematização e disseminação do Tupi; outro foco é a Língua Geral Amazônica. Há, ainda, dois textos muito bons sobre as línguas gerais na América espanhola . (John Monteiro).