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Imagem: Jean-Baptiste Debret.

Base John Monteiro

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LIMA, Antonio Carlos de Souza. Um Grande Cerco de Paz: poder tutelar, indianidade e formação do Estado no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1995, 335p . . Fruto de uma minuciosa pesquisa e de uma reflexão original sobre o indigenismo, este livro apresenta um estudo denso da trajetória histórica do Serviço de Proteção aos Índios, das suas origens em 1910 à tumultuada extinção em 1967. É particularmente relevante a forma cuidadosa com a qual o autor trata os conceitos que nortearam – e norteiam, em alguma medida – a política indigenista do Estado brasileiro . (John Monteiro).
RIBEIRO, Eduardo Magalhães - org. Lembranças da Terra: Histórias do Mucuri e Jequitinhonha. Belo Horizonte: Cedefes, 1994, 235p . . O livro reúne depoimentos de viajantes e moradores na região. No que diz respeito à temática indígena, há a notável narrativa de Domingos Ramos Pacó, um professor Botocudo (nascido em Itambacuri) que, em 1918, colocou no papel uma história do contato entre missionários e Botocudos a partir de uma perspectiva indígena: "Hámbric anhamprá ti mattâ nhiñchopón? 1918" (pp. 198-211), com comentário esclarecedor do organizador . (John Monteiro).
NEMEM, Alexandre Machado. Botocudo: uma história de contacto. Florianópolis: Editora da UFSC/Ed. FURB, 1994, 111p . . Publicação de uma dissertação de mestrado sobre a Área Indígena de Ibirama SC, visando sobretudo a "reconstituição histórica do processo histórico pós-1954". Para tanto, buscou juntar elementos "nas diversas tradições de história oral nativas", embora pouco elaborados no texto. Oferece, finalmente, algumas reflexões sobre o sentido e as implicações teóricas da noção de "contato" . (John Monteiro).
LÉRY, Jean de. Histoire d’un Voyage en Terre de Brésil. Paris: Librairie Générale Française, 1994, 670p . . Estabelecimento do texto, introdução e notas de Frank Lestringant. Edição de bolso ("Livre de Poche") baseado na segunda edição publicada em Genebra em 1580, esta é a versão definitiva do livro clássico de Léry, cuidadosamente anotada por Frank Lestringant. Esta versão inclui um prefácio de Claude Lévi-Strauss, apresentado em forma de entrevista, no qual o antropólogo sugere a leitura de Léry não como etnologia e sim como uma "grande obra literária". O organizador acrescenta, ainda, uma cronologia detalhada e uma bibliografia bastante útil. É importante notar que o cotejo desta edição com a principal versão traduzida para o português (por Sérgio Milliet) revela erros e lacunas significativas . (John Monteiro).
BECKER, Ítala Irene Basile. O Índio Kaingang no Rio Grande do Sul. São Leopoldo: Editora Unisinos, 1995, 324p . Acessível em: http://www.anchietano.unisinos.br/publicacoes/antropologia/antropologia29/itala…. Reedição de estudo publicado em 1975, superado em muitos aspectos pela nova bibliografia Kaingang dos últimos tempos. Ainda assim, há uma compilação de informações relevantes, com relativamente pouco destaque para a dimensão histórica . (John Monteiro).
LEONEL, Mauro. Etnodicéia Uruéu-Au-Au: o Endocolonialismo e os Índios no Centro de Rondônia. São Paulo: Edusp/Iamá, 1995, 224p . . Escrito em tom de denúncia, o livro conta a envolvente história deste povo de língua tupi-guarani e mostra que a história recente dos povos indígenas de Rondônia só pode ser compreendida à luz do papel do Estado brasileiro e suas políticas para o desenvolvimento econômico da região. O autor percorre uma vasta quantidade de depoimentos e documentos, com destaque para os arquivos do SPI e da Funai, relatando uma dramática sequência de agressões ensejadas pelas frentes de expansão extrativista . (John Monteiro).
CATHARINO, José Martins. Índio em Terras da Vera ou Santa Cruz e do Brasil: tentativa de resgate ergonlógico. Rio de Janeiro: Salamandra, 1995, 628p . . Trata-se de um livro difícil de abordar, uma vez que é constituído basicamente por fichamentos de leituras das mais diversas. Escrito por um jurista especializado em direito do trabalho, o texto reúne um vasto repertório de informações, servindo, pela sua organização sistemática, sobretudo como um guia para localizar diferentes assuntos referentes às atividades produtivas e à cultura material dos índios, nas principais fontes descritivas do período colonial . (John Monteiro).
VAINFAS, Ronaldo. A Heresia dos Índios: catolicismo e rebeldia no Brasil colonial. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, 275p . . Centrado num volumoso processo da Inquisição de Lisboa, este estudo documenta e interpreta a chamada Santidade de Jaguaripe, movimento profético que surgiu no sertão da Bahia no final do século XVI. A partir da perspectiva da história cultural, o autor mostra as matrizes tupis e cristãs deste estranho movimento, sublinhando o choque entre sistemas simbólicos radicalmente distintos . (John Monteiro).
ACUÑA, Cristóbal de. Novo Descobrimento do Grande Rio das Amazonas. Rio de Janeiro: Agir, 1994, 180p . . Trad. Helena Ferreira. Nova tradução da crônica da expedição comandada por Pedro Teixeira entre 1637 e 1639, escrita por um dos jesuítas que acompanharam a viagem de regresso, de Quito à boca do Amazonas. Encomendado pela coroa espanhola, o relato apresenta detalhes sobre as populações indígenas abordadas na viagem e sobre as atividades de apresamento conduzidas pelos portugueses de Belém e São Luís. A boa introdução assinada pela historiadora Maria Yedda Leite Linhares fornece o contexto para a leitura deste notável relato . (John Monteiro).
TADEU MOTA, Lúcio. As Guerras dos Índios Kaingang: A história épica dos índios Kaingang no Paraná, 1769-1924. Maringá: Editora da UEM, 1994, 275p . . Baseada numa ampla pesquisa documental, o livro narra os conflitos armados entre os Kaingang do oeste paranaense e diferentes agentes de ocupação territorial, desde a primeira expedição para Guarapuava até a "pacificação" no início do século XX. Preenche de forma admirável uma lacuna na historiografia regional, centrada nos mitos do "vazio demográfico" e da epopeia imigrante . (John Monteiro).