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Imagem: Jean-Baptiste Debret.
Base John Monteiro
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FREIRE, Carlos Augusto da Rocha. Memória do SPI: textos, imagens e documentos sobre o Serviço de Proteção aos Índios (1910-1967). Rio de Janeiro: Museu do Índio-FUNAI, 2011, 492p . . Dividido em três partes, este livro registra uma afirmação contundente do “estado da arte” em termos de estudos sobre o SPI. Na primeira parte, o organizador C. A. da Rocha Freire brinda o leitor e pesquisador com uma viagem pela iconografia, com destaque para o rico acervo fotográfico que aos poucos começa a ser disseminado e analisado por especialistas. A segunda parte traz 25 textos dos principais estudiosos que se debruçaram sobre o acervo documental e iconogáfico do órgão indigenista, abordando temas bastante variados, incluindo vários estudos sobre a experiência de diferentes povos indígenas em todas as regiões do país porém também tratando de aspectos transversais, tais como o poder tutelar, a saúde, os projetos vinculados à Seção de Estudos e o papel de Rondon e Darcy Ribeiro. A última parte inclui um guia sumário do acervo, uma explicação de como acessar o material pelo site do Museu do Índio e uma bibliografia extensa de livros, artigos, teses e publicações avulsas referentes ao SPI . (John Monteiro). |
CARVALHO, Maria Rosário de; REESINK, Edwin; CAVIGNAC, Julie - orgs. Negros no Mundo dos Índios: imagens, reflexos, alteridades. Natal: Editora da UFRN, 2011, 449p . . Esta coletânea parte do desafio de estabelecer um diálogo produtivo sobre as relações entre africanos e afro-descendentes, por um lado, e povos indígenas, por outro, levando em consideração que “negros e índios têm sido tratados, pela literatura científica, separadamente, não obstante eles tenham ... compartilhado experiências, quase invariavelmente sob a hegemonia política branca”. Para tanto, reúne 13 ensaios e estudos de antropólogos e historiadores que buscam aprofundar temas tão sugestivos quanto ricos. Destacam-se, entre outros problemas, as questões da classificação étnico-racial, das identidades, da mestiçagem ou mistura em vários planos (histórico, religioso, identitário) e do lugar de índios e negros nas representações da nação. A maioria dos textos abordam o Nordeste, enriquecidos por uma seção de dois estudos sobre a Colômbia . (John Monteiro). |
CARNEIRO DA CUNHA, Manuela. Legislação Indigenista no Século XIX. São Paulo: Edusp, 1993, 362p . . Trata-se de uma compilação das principais leis, decretos, provisões e outras peças de legislação referentes às populações indígenas. Acompanha uma excelente introdução aos principais temas da política e da legislação indigenista durante o Império . (John Monteiro). |
DANTAS, Beatriz Góis - org. Repertório de Documentos para a História Indígena: Arquivo Público Estadual de Sergipe. São Paulo: NHII/USP, 1993, 80p . . Série Instrumentos de Pesquisa. Este repertório elenca e descreve sumariamente 329 documentos do arquivo público, abrangendo o período do Império. Acompanham índices temático e toponímico . (John Monteiro). |
FERNANDES, João Azevedo. Selvagens Bebedeiras: álcool, embriaguez e contatos culturais no Brasil colonial (séculos XVI-XVII). São Paulo: Alameda, 2011, 238p . . Versão revista de uma tese de doutorado que aborda o processo de encontro intercultural a partir de um objeto sempre presente porém pouco estudado. O autor faz uma leitura minuciosa de documentos e narrativas coloniais para revelar “o papel crucial das festas e cerimônias etílicas nas sociedades indígenas”, com especial atenção às “cauinagens canibais” dos Tupinambá. Chega à conclusão de que, se os índios conseguiram impedir a introdução do vinho português enquanto “mercadoria civilizatória”, sofreram uma derrota com a repressão do cauim e das cauinagens, o que criou um “vazio etílico” que seria preenchido de maneira trágica por bebidas destiladas, como a cachaça, com efeitos danosos sobre os índios e para os planos dos evangelizadores. Mas o autor deixa para uma outra ocasião uma análise sobre as maneiras pelas quais os índios, com larga experiência com bebidas e embriaguez, se relacionaram com aquilo que de forma simplificada é pensado como uma “arma da colonização” . (John Monteiro). |
CAMARGO, Vera Regina Toledo; FERREIRA, Maria Beatriz Rocha; VON SIMSON, Olga R. - orgs. Jogo, Celebração, Memória e Identidade: reconstrução da trajetória de criação, implementação e difusão dos Jogos Indígenas no Brasil (1996-2009). Campinas: Curt Nimuendajú, 2011, 176p . . Fruto de um projeto realizado na Unicamp, o livro reúne 16 textos de pesquisadores e alunos sobre variados aspectos dos Jogos Indígenas, realizados em dez edições entre 1996 e 2009. A primeira parte avalia o evento numa perspectiva histórica. Inclui curtas entrevistas com os idealizadores dos jogos Carlos Justino Terena e Marcos Terena e com a Secretária Nacional de Esporte e Lazer Rejane Penna Rodrigues . (John Monteiro). |
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo; CARNEIRO DA CUNHA, Manuela - orgs. Amazônia: Etnologia e História Indígena. São Paulo: Núcleo de História Indígena e do Indigenismo, 1993, 431p . . Importante coletânea que traz 15 estudos sobre história, organização social, cosmologia e natureza, enfocando várias sociedades indígenas na Amazônia. Na parte sobre "História e Historicidade", destacam-se os trabalhos de Terence Turner sobre a relação entre história e cosmologia entre os Kayapó, de Bruna Franchetto sobre os discursos cerimoniais dos Kuikuro e de Rafael Menezes Bastos sobre a relação entre música e história entre os Kamayurá. Os textos ilustram de forma representativa algumas das tendências atuais da antropologia histórica . (John Monteiro). |
GUILLERMO, Giucci. Sem Fé, Lei ou Rei: Brasil 1500-1532. Rio de Janeiro: Rocco, 1993, 239p . . Enfocando o primeiro período de atividades coloniais no litoral brasileiro, o autor apresenta uma sugestiva discussão sobre o papel de náufragos e degredados naquilo que chama de "colonização acidental". Enfoca de maneira interessante as fontes do período, que dizem várias coisas sobre as primeiras relações entre europeus e índios . (John Monteiro). |
NEVES, Erivaldo Fagundo - org. Sertões da Bahia: formação social, desenvolvimento econômico, evolução política e diversidade cultural. Salvador: Editora Arcádia, 2011, 720p . . Obra preparada para uso de alunos de História da Bahia, este polpudo volume traz 19 estudos baseados sobretudo em pesquisas em arquivos, com destaque para alguns repositórios locais. A temática indígena espalha-se discretamente pelo livro porém emerge de forma mais concentrada no alentado estudo de Maria Hilda Baqueiro Paraíso sobre a presença e atuação de povos indígenas diante da abertura de caminhos nos sertões do leste, entre Bahia e Minas Gerais. Também de interesse especial é o texto de Isnara Pereira Ivo, sobre “trânsitos culturais” nos sertões mineiros e baianos nos séculos XVIII e XIX, mostrando as relações entre sertanistas e índios . (John Monteiro). |
MEIRA, Márcio - org. Livro das Canoas: Documentos para a história indígena da Amazônia. São Paulo: NHII/USP, 1993, 239p . . Série Documentos. Transcrição integral do "Livro que há de servir para o registro das canoas que se despacharem para o sertão ao cacao e às peças, e das que voltarem com escravos", abrangendo o período de 1739 a 1755. Os registros trazem detalhes preciosos sobre os índios deslocados dos rios da Amazônia para Belém através dos descimentos e tropas de resgate, indicando o nome da "nação", o local de origem e a condição livre ou escrava dos índios. A breve introdução do organizador é esclarecedora, assim como é a lista de etnias mencionadas no livro . (John Monteiro). |