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Imagem: Jean-Baptiste Debret.

Base John Monteiro

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COELHO, Vera Penteado - org. Karl von den Steinen: um século de antropologia no Xingu. São Paulo: Edusp, 1993, 632p . . Excelente coletânea com 18 estudos originais sobre diversos aspectos das expedições para o alto Xingu, comandadas por von den Steinen em 1884 e 1887. Um belo trabalho editorial, o livro é amplamente ilustrado com imagens atuais e da época das expedições, trazendo ainda uma reprodução em tamanho original do mapa da expedição de 1887, publicada em Berlim em 1893 . (John Monteiro).
COSTA, Anna Maria Ribeiro F. Moreira da. Wanintesu: um construtor do mundo Nambiquara. Recife: Editora Universitária UFPE, 2010, 612p . . Coleção Teses e Dissertações.Fruto de uma longa convivência e pesquisa em áreas indígenas, o livro aborda a história recente dos grupos Nambiquara que vivem na Chapada dos Parecis no Mato Grosso. Focado na figura do wanintesu (pajé), o estudo busca “perceber o conjunto de representações que os índios tecem sobre seu próprio passado”. Além das fontes orais, a autora também lança mão de um amplo repertório de mapas, documentos e de informações históricas e etnográficas de vários estudiosos, de Rondon e Roquette-Pinto a David Price, passando por Lévi-Strauss, Kalervo Oberg e Desidério Aytai. Inclui um glossário de termos nambiquara e um caderno de imagens com desenhos feitos por índios . (John Monteiro).
FERREIRA, Mariana Kawall Leal. Histórias do Xingu. São Paulo: Núcleo de História Indígena e do Indigenismo, 1993, 239p . . A autora reúne e comenta numa excelente introdução várias narrativas de índios de diferentes grupos étnicos residentes no Parque Indígena do Xingu. Além de versões de mitos que se entrelaçam com memórias históricas, são de particular interesse as reconstituições das origens do contato e do estabelecimento do Parque . (John Monteiro).
TILKIN GALLOIS, Dominique. Mairi Revisitada: A Reintegração da Fortaleza de Macapá na Tradição Oral dos Waiãpi. São Paulo: NHII/USP, 1993, 91p . . Estudo bastante criativo que apresenta diferentes versões indígenas sobre as origens da humanidade e as origens da presença dos brancos na vida social dos índios Waiãpi do Amapá. A autora comenta longos depoimentos de diferentes narradores nativos, com destaque para o chefe Waiwai, apresentando uma rica discussão dos diferentes gêneros de narrativa sobre o passado . (John Monteiro).
ALMEIDA, Maria Regina Celestino de. Os Índios na História do Brasil. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2010, 167p . . Coleção FGV de Bolso, 15. Partindo do pressuposto de que a historiografia brasileira, tal qual construída a partir do século XIX, “apagou a história e as identidades de inúmeros povos indígenas”, este livro busca recolocar os povos indígenas na história colonial e pós-colonial do país. Ao deslocar os índios “dos bastidores ao palco”, a autora oferece uma síntese habilíssima da recente historiografia voltada para a temática indígena e chama a atenção para o desafio que enfrenta gerações futuras, pois “há ainda muitas histórias de índios para se escrever e contar” . (John Monteiro).
BAPTISTA, Jean. O Temporal: sociedades e espaços missionais. São Miguel das Missões: Museu das Missões, 2010, 228p . . Dossiê Missões. Marcando os 400 anos da formação das reduções, o Dossiê Missões traz três volumes que buscam fornecer subsídios conceituais e documentais para o Museu das Missões, em São Miguel (RS). Este primeiro volume, baseado nos Manuscritos da Coleção de Angelis e na bibliografia especializada sobre os Guarani, aborda aspectos organizacionais e administrativos com destaque para a experiência dos índios “reduzidos”. É especialmente interessante o enfoque sobre os espaços ocupados por crianças, mulheres e homens indígenas nas missões . (John Monteiro).
BAPTISTA, Jean; SANTOS, Maria Cristina dos. As Ruínas: a crise entre o temporal e o eterno. São Miguel das Missões: Museu das Missões, 2010, 249p . . Dossiê Missões. O terceiro dossiê inclui uma parte da tese de doutorado de Maria Cristina dos Santos sobre as missões no período posterior à expulsão dos jesuítas na segunda metade do século XVIII. Baseado numa ampla pesquisa documental, esta parte demonstra os percalços da administração espanhola e dos índios na tentativa de reorganizar as comunidades, cada vez mais arruinadas. A segunda parte do livro, escrito por Jean Baptista, adentra o século XIX e acompanha o destino das ruínas de igrejas, das populações dispersas e dos objetos sagrados que ficaram das reduções . (John Monteiro).
BRIENEN, Rebecca Parker. Albert Eckhout – Visões do Paraíso Selvagem: Obra Completa. São Paulo: Capivara, 2010, 432p . . Com a reprodução e análise de mais de 800 imagens, este catálogo raisonné representa uma apreciação definitiva da obra do artista que deixou registros visuais preciosos, com algum destaque para a temática indígena. O texto é baseado no livro desta mesma autora . (John Monteiro).
CHAMBOULEYRON, Rafael; ALONSO, José Luís Ruiz-Peinado - orgs. T(r)ópicos de História: gente, espaço e tempo na Amazônia (séculos XVII a XXI). Belém: Editora Açaí, 2010, 283p . . A coletânea reúne 15 trabalhos apresentados no 52º Congresso Internacional de Americanistas, abordando aspectos bastante diversos da história da Amazônia. Diferentes aspectos da história indígena e do indigenismo aparecem nos textos de José Alves de Souza Jr. (sobre o trabalho indígena), Fernando Torres Londoño (sobre missões jesuítas entre os Jebero e Cocama), Márcia Eliane Alves de Souza e Mello (sobre a Junta das Missões), Patrícia Melo Sampaio (sobre identidades de índios e brancos) e Odair Giraldin (sobre os povos indígenas no Tocantins) . (John Monteiro).
CYMBALISTA, Renato. Sangue, Ossos e Terras: os mortos e a ocupação do território luso-brasileiro, séculos XVI e XVII. São Paulo: Alameda, 2010, 364p . . Originalmente uma tese de doutorado, este livro aborda a formação inicial da América portuguesa a partir de um enfoque singular, buscando mostrar a importância “das complexas relações entre o espaço dos vivos, dos mortos e a realidade territorial na época da expansão colonial”. A investigação percorre uma documentação familiar (registros de missionários), enriquecida por imagens sacras, hagiografias e gravuras impressas mostrando cenas de martírio. Ao evocar martírios, relíquias, crenças e práticas, o autor inevitavelmente confronta “diálogos e traduções entre a cultura católica e ameríndia”. Se os primeiros capítulos tratam de maneira instigante este horizonte de convergências no espaço colonial, o último – dedicado exclusivamente aos índios – parece redundante e algo fora do lugar . (John Monteiro).