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Imagem: Jean-Baptiste Debret.
Base John Monteiro
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KOK, Glória. Os Vivos e os Mortos na América Portuguesa: da antropofagia à água do batismo. Campinas: Editora da Unicamp, 2001, 183p . . Centrado nas relações entre missionários e índios (sobretudo Tupinambá e Guarani), este estudo faz uma leitura bastante original da "disputa pelo espaço simbólico". Ao eleger a questão da morte, a autora tece um argumento interessante a respeito das transformações decorrentes do processo de conversão religiosa . (John Monteiro). |
BERWANGER, Ana Regina; OSÓRIO, Helen; SOUZA, Susana Bleil de - orgs. Catálogo de Documentos Manuscritos Avulsos referentes à Capitania do Rio Grande do Sul existentes no Arquivo Histórico Ultramarino, Lisboa. Porto Alegre: CORAG, 2001, 239p . . Parte do Projeto Resgate, o catálogo elenca cerca de mil documentos referente a esta capitania, cobrindo o período de 1732 a 1825. Há vários documentos sobre índios Minuano, Tape, Charrua e Guarani, com informações sobre as missões durante e após a expulsão dos jesuítas, sobre as relações entre a expansão do gado e povos indígenas, e sobre conflitos . (John Monteiro). |
GRÜNEWALD, Rodrigo de Azeredo. Os Índios do Descobrimento: tradição e turismo. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2001, 224p . . Fruto de uma densa pesquisa etnográfica realizada às vésperas das "comemorações" do quinto centenário, este estudo problematiza a postura dos Pataxó do sul da Bahia ao assumirem o papel de "índios do descobrimento" no sítio histórico dos primeiros contatos de 1500. Lançando mão de uma antropologia histórica em diálogo com os "estudos pós-coloniais", o autor demonstra o quanto a história dos índios se complica à medida que os índios apresentem versões próprias dessa história no contexto da negociação de identidades. Outra contribuição importante deste estudo reside no enfoque sobre o turismo étnico, outra arena na qual se mobiliza discussões em torno das tradições que, neste caso, segundo o autor, estão vinculadas tanto a manifestações culturais essencializadas (danças, artesanato, língua) quanto a uma narrativa histórica que remete ao descobrimento do Brasil . (John Monteiro). |
SILVA, Aracy Lopes da; FERREIRA, Mariana Kawall Leal - orgs. Antropologia, História e Educação: A Questão Indígena e a Escola. São Paulo: Editora Global/MARI, 2001, 398p . . Organizada em quatro partes, esta coletânea oferece um panorama da educação escolar indígena no Brasil. A Parte II traz artigos diretamente voltados para a história, incluindo textos de Marta Amoroso sobre a educação nos aldeamentos capuchinhos; de Antonella Tassinari referente à trajetória da escola indígena na história do Uaçá; e, por fim, de Lux Vidal discutindo a relação entre cosmologia e história através de uma análise dos grafismos indígenas no Oiapoque . (John Monteiro). |
GONDIM, Joaquim. A Pacificação dos Parintintins: Koró de iuirapá. Manaus: Edições Governo do Estado, 2001, 67p . . Ed. facsimilar. Edição facsimilar do livro escrito pelo integrante da equipe do SPI do Amazonas, é uma narrativa muito interessante sobre a expedição chefiada pelo "auxiliar" Curt Nimuendaju entre 1922 e 1924, aliás baseada em grande parte no relatório do sertanista. Em anexo há um vocabulário, desenhos feitos pelos índios, uma partitura e uma sequência de fotografias . (John Monteiro). |
STEPAN, Nancy Leys. Picturing Tropical Nature. Ithaca: Cornell University Press, 2001, 283p . . Neste estudo sobre as representações científicas e artísticas da natureza tropical durante os séculos XIX e XX, a autora apresenta uma discussão bem documentada das questões de raça e mestiçagem no Brasil. O texto inclui algumas fotografias interessantes de índios, arquivadas na Fundação Oswaldo Cruz . (John Monteiro). |
WARREN, Jonathan W. Racial Revolutions: antiracism and Indian resurgence in Brazil. Durham: Duke University Press, 2001, 364p . . Baseado sobretudo em entrevistas aplicadas entre informantes indígenas e não-indígenas, este livro busca problematizar o processo de "reemergência étnica" entre populações de "índios pós-tradicionais" da "região leste", o que corresponde sobretudo a Minas Gerais, Espírito Santo e Sul da Bahia. A questão da história está presente em várias dimensões, sobretudo na discussão da construção de imagens e de critérios para a indianidade, passando pelo discurso sobre as raízes mestiças da nação e, de forma mais agressiva e polêmica, pelo "pensamento selvagem" dos antropólogos. Escrito no melhor (e pior) estilo pós-moderno, o livro traz um material para a discussão em torno dos "índios misturados", mesmo que o leitor não compartilhe a racialização da questão, tal como apresentada pelo autor . (John Monteiro). |
FERREIRA, Alexandre Rodrigues. Amazônia redescoberta no século XVIII. Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, 1992, 19p . . Nesta edição de uma seleção pequena das ilustrações da Viagem Filosófica, o que chama mais atenção é o "Catálogo de Manuscritos da Coleção Alexandre Rodrigues Ferreira", uma listagem completa e detalhada da extensa documentação que compõe a coleção. Há um índice remissivo detalhado [O livro possui 20 lâminas] . (John Monteiro). |
OLIVEIRA, Elza Regis de; MENEZES, Mozart Vergetti de; LIMA, Maria da Vitória Barbosa - orgs. Catálogo de Documentos Manuscritos Avulsos referentes à Capitania da Paraíba, existentes no Arquivo Histórico Ultramarino de Lisboa. João Pessoa: Editora UFPB, 2001, 655p . . Vinculado ao Projeto Resgate, o catálogo traz a descrição sumária de cerca de 3.500 documentos, abrangendo o período de 1593 a 1826. Os verbetes incluem valiosas referências para a história indígena, com informações sobre aldeias e vilas indígenas, o trabalho dos índios, as atividades militares dos índios, terras, rebeliões e as relações entre índios e escravos africanos . (John Monteiro). |
GARFIELD, Seth. Indigenous Struggle at the Heart of Brazil: state policy, frontier expansion, and the Xavante Indians, 1937-1988. Durham: Duke University Press, 2001, 316p . . Pesquisa de fôlego, este livro mostra a articulação entre as ideias sobre a nação, a política indigenista e as estratégias indígenas durante o período crítico de expansão econômica (e política, com a mudança da capital federal) para o Brasil central. São vários destaques dignos de nota: traz muitas informações e perspectivas novas sobre o período do Estado Novo (1937-1945); confronta, de maneira instigante, o pessimismo sentimental dos etnógrafos com as posturas assumidas por atores indígenas; documenta os embates em torno da demarcação de terras dos Xavante; demonstra o jogo complexo entre a formação da imagem dos Xavante enquanto símbolos primordiais da nacionalidade e a política da diferença adotada pelos mesmos Xavante em prol de seus direitos territoriais . (John Monteiro). |