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Imagem: Jean-Baptiste Debret.

Base John Monteiro

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Nádia Farage. As Muralhas dos Sertões: Os povos indígenas no Rio Branco e a colonização. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1991, 197p . . Exemplo emblemático da nova história indígena, este livro identifica a postura de atores indígenas frente à expansão colonial na região do rio Branco, unindo uma sensibilidade etnográfica a uma cuidadosa pesquisa documental. Demonstra que os índios não apenas foram usados pelas potências europeias que disputavam esta região de fronteira, como também usaram esta situação para consolidar uma certa autonomia . (John Monteiro).
PIÑÓN, Ana; FUNARI, Pedro Paulo A. A Temática Indígena na Escola: subsídios para os professores. São Paulo: Editora Contexto, 2011, 127p . . Destinado a “professores das escolas não indígenas”, trata-se de um livro paradidático que se mostra mais eficaz no manejo de conceitos e informações provenientes da arqueologia americanista do que dos debates atuais a respeito da história dos índios nas Américas. O livro traz uma discussão útil sobre a imagem dos índios ao longo da história, porém os índios surgem enquanto atores sociais e políticos apenas na conclusão, quando se faz uma referência rápida ao contexto da abertura política . (John Monteiro).
SILVA, Giovani José da - org. Kadiwéu: senhoras da arte, senhores da guerra. Curitiba: Editora CRV, 2011, 211p . . Dividida em três partes (História; Antropologia; Educação, Linguagens e Artes), esta coletânea reúne estudos de especialistas para compor um quadro amplo, informativo e analítico, que dá conta dos avanços recentes em pesquisas sobre os Kadiwéu. No que diz respeito à história, Ana Lucia Herberts oferece um “panorama” dos Mbayá-Guaikuru abrangendo os séculos XVI a XIX; Giovani José da Silva enfoca um século (1899-1984) de conflitos pela posse da terra na Reserva Indígena Kadiwéu, percorrendo documentos históricos e relatos etnográficos realizados em diferentes períodos; Jaime Siqueira Jr. coloca o problema do território a partir das relações espacial e temporal que marcam a organização social dos Kadiwéu; Léia Teixeira Lacerda aborda a educação escolar, com algumas observações sobre a história; Filomena Sandalo lança mão de trabalhos etnográficos do passado para dialogar com os dados de campo sobre dialetos prosódicos e sua relação com a estratificação social Kadiwéu; Vânia Perrotti Pires Graziato também remete às etnografias do passado para situar a questão da arte no universo feminino da cerâmica . (John Monteiro).
MEIHY, José Carlos Sebe Bom. Canto de Morte Kaiowá: História oral e de vida. São Paulo: Edições Loyola, 1991, 303p . . Motivado inicialmente pela perplexidade diante do surto de suicídios de jovens Kaiowá na Reserva Francisco Horta Barbosa em Dourados MS, o projeto que resultou neste livro se abriu para um registro bastante interessante de narrativas, conduzidas e transcritas mediante técnicas de história oral. São 16 textos, em sua maioria de narradores indígenas, que incluem reflexões não apenas sobre o cotidiano como também sobre o passado . (John Monteiro).
CARVALHO, Maria Rosário de; REESINK, Edwin; CAVIGNAC, Julie - orgs. Negros no Mundo dos Índios: imagens, reflexos, alteridades. Natal: Editora da UFRN, 2011, 449p . . Esta coletânea parte do desafio de estabelecer um diálogo produtivo sobre as relações entre africanos e afro-descendentes, por um lado, e povos indígenas, por outro, levando em consideração que “negros e índios têm sido tratados, pela literatura científica, separadamente, não obstante eles tenham ... compartilhado experiências, quase invariavelmente sob a hegemonia política branca”. Para tanto, reúne 13 ensaios e estudos de antropólogos e historiadores que buscam aprofundar temas tão sugestivos quanto ricos. Destacam-se, entre outros problemas, as questões da classificação étnico-racial, das identidades, da mestiçagem ou mistura em vários planos (histórico, religioso, identitário) e do lugar de índios e negros nas representações da nação. A maioria dos textos abordam o Nordeste, enriquecidos por uma seção de dois estudos sobre a Colômbia . (John Monteiro).
DIAS, Jill - org. Brasil nas Vésperas do Mundo Moderno. Lisboa: Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, 1991, 262p . . Catálogo do segmento sobre o Brasil da exposição Nas Vésperas do Mundo Moderno: África e Brasil, realizada em 1992 no Museu Nacional de Etnologia em Lisboa. Sobre a história dos índios, o livro inclui densos capítulos de Anna Roosevelt, João da Rocha Pinto, Luís Felipe de Alencastro, John Monteiro e Ângela Domingues. Dentre os itens relacionados no catálogo, muitos dos quais expostos pela primeira vez porém que se tornaram mais conhecidos em exposições subsequentes, destacam-se os objetos da Viagem Filosófica de Alexandre Rodrigues Ferreira que estão depositados na Academia de Ciências de Lisboa. Além das máscaras, armas e adornos, chama a atenção a belíssima cerâmica produzida pelas índias das vilas de Monte Alegre e Barcelos, tal qual descrita nas memórias de Ferreira e reproduzida nas estampas desenhadas pelos riscadores que acompanharam a viagem . (John Monteiro).
FERNANDES, João Azevedo. Selvagens Bebedeiras: álcool, embriaguez e contatos culturais no Brasil colonial (séculos XVI-XVII). São Paulo: Alameda, 2011, 238p . . Versão revista de uma tese de doutorado que aborda o processo de encontro intercultural a partir de um objeto sempre presente porém pouco estudado. O autor faz uma leitura minuciosa de documentos e narrativas coloniais para revelar “o papel crucial das festas e cerimônias etílicas nas sociedades indígenas”, com especial atenção às “cauinagens canibais” dos Tupinambá. Chega à conclusão de que, se os índios conseguiram impedir a introdução do vinho português enquanto “mercadoria civilizatória”, sofreram uma derrota com a repressão do cauim e das cauinagens, o que criou um “vazio etílico” que seria preenchido de maneira trágica por bebidas destiladas, como a cachaça, com efeitos danosos sobre os índios e para os planos dos evangelizadores. Mas o autor deixa para uma outra ocasião uma análise sobre as maneiras pelas quais os índios, com larga experiência com bebidas e embriaguez, se relacionaram com aquilo que de forma simplificada é pensado como uma “arma da colonização” . (John Monteiro).
NEVES, Erivaldo Fagundo - org. Sertões da Bahia: formação social, desenvolvimento econômico, evolução política e diversidade cultural. Salvador: Editora Arcádia, 2011, 720p . . Obra preparada para uso de alunos de História da Bahia, este polpudo volume traz 19 estudos baseados sobretudo em pesquisas em arquivos, com destaque para alguns repositórios locais. A temática indígena espalha-se discretamente pelo livro porém emerge de forma mais concentrada no alentado estudo de Maria Hilda Baqueiro Paraíso sobre a presença e atuação de povos indígenas diante da abertura de caminhos nos sertões do leste, entre Bahia e Minas Gerais. Também de interesse especial é o texto de Isnara Pereira Ivo, sobre “trânsitos culturais” nos sertões mineiros e baianos nos séculos XVIII e XIX, mostrando as relações entre sertanistas e índios . (John Monteiro).
WILDE, Guillermo - org. Saberes de la Conversión: jesuítas, indígenas e imperios coloniales em las fronteras de la Cristandad. Buenos Aires: Editorial SB, 2011, 592p . . Excelente coletânea de textos preparados originalmente para as XII Jornadas Internacionais sobre as Missões Jesuíticas, o livro reúne 24 estudos originais sobre as relações entre jesuítas e diferentes povos do mundo, com destaque para as populações ameríndias na América do Sul. Os estudos abrangem uma grande variedade de temas, incluindo a escrita, línguas gerais, saberes científicos, relíquias, música e relações políticas. Uma última seção traz trabalhos sobre os jesuítas em outros contextos, abarcando o mundo muçulmano, China, Japão e Índia . (John Monteiro).
CAMARGO, Vera Regina Toledo; FERREIRA, Maria Beatriz Rocha; VON SIMSON, Olga R. - orgs. Jogo, Celebração, Memória e Identidade: reconstrução da trajetória de criação, implementação e difusão dos Jogos Indígenas no Brasil (1996-2009). Campinas: Curt Nimuendajú, 2011, 176p . . Fruto de um projeto realizado na Unicamp, o livro reúne 16 textos de pesquisadores e alunos sobre variados aspectos dos Jogos Indígenas, realizados em dez edições entre 1996 e 2009. A primeira parte avalia o evento numa perspectiva histórica. Inclui curtas entrevistas com os idealizadores dos jogos Carlos Justino Terena e Marcos Terena e com a Secretária Nacional de Esporte e Lazer Rejane Penna Rodrigues . (John Monteiro).