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Imagem: Jean-Baptiste Debret.

Base John Monteiro

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VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo; CARNEIRO DA CUNHA, Manuela - orgs. Amazônia: Etnologia e História Indígena. São Paulo: Núcleo de História Indígena e do Indigenismo, 1993, 431p . . Importante coletânea que traz 15 estudos sobre história, organização social, cosmologia e natureza, enfocando várias sociedades indígenas na Amazônia. Na parte sobre "História e Historicidade", destacam-se os trabalhos de Terence Turner sobre a relação entre história e cosmologia entre os Kayapó, de Bruna Franchetto sobre os discursos cerimoniais dos Kuikuro e de Rafael Menezes Bastos sobre a relação entre música e história entre os Kamayurá. Os textos ilustram de forma representativa algumas das tendências atuais da antropologia histórica . (John Monteiro).
Nádia Farage. As Muralhas dos Sertões: Os povos indígenas no Rio Branco e a colonização. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1991, 197p . . Exemplo emblemático da nova história indígena, este livro identifica a postura de atores indígenas frente à expansão colonial na região do rio Branco, unindo uma sensibilidade etnográfica a uma cuidadosa pesquisa documental. Demonstra que os índios não apenas foram usados pelas potências europeias que disputavam esta região de fronteira, como também usaram esta situação para consolidar uma certa autonomia . (John Monteiro).
BAPTISTA, Jean. O Temporal: sociedades e espaços missionais. São Miguel das Missões: Museu das Missões, 2010, 228p . . Dossiê Missões. Marcando os 400 anos da formação das reduções, o Dossiê Missões traz três volumes que buscam fornecer subsídios conceituais e documentais para o Museu das Missões, em São Miguel (RS). Este primeiro volume, baseado nos Manuscritos da Coleção de Angelis e na bibliografia especializada sobre os Guarani, aborda aspectos organizacionais e administrativos com destaque para a experiência dos índios “reduzidos”. É especialmente interessante o enfoque sobre os espaços ocupados por crianças, mulheres e homens indígenas nas missões . (John Monteiro).
HARRIS, Mark. Rebellion on the Amazon: the Cabanagem, race, and popular culture in the north of Brazil, 1798-1840. Cambridge: Cambridge University Press, 2010, 331p . . Baseado numa extensa pesquisa documental e um domínio ágil da bibliografia vigente, este livro aborda a Cabanagem enquanto “rebelião camponesa”, comparável com outros movimentos nas Américas. Para tanto, o autor faz uma interessante revisão dos desdobramentos econômicos, políticos e culturais do Diretório abolido em 1798. De especial interesse para a história dos índios é o capítulo “Formas de Resistência nos Anos Finais do Período Colonial”, mostrando as bases mais profundas dos processos de conflito, mobilização e rebeldia que marcariam as décadas após a independência . (John Monteiro).
BAPTISTA, Jean; SANTOS, Maria Cristina dos. As Ruínas: a crise entre o temporal e o eterno. São Miguel das Missões: Museu das Missões, 2010, 249p . . Dossiê Missões. O terceiro dossiê inclui uma parte da tese de doutorado de Maria Cristina dos Santos sobre as missões no período posterior à expulsão dos jesuítas na segunda metade do século XVIII. Baseado numa ampla pesquisa documental, esta parte demonstra os percalços da administração espanhola e dos índios na tentativa de reorganizar as comunidades, cada vez mais arruinadas. A segunda parte do livro, escrito por Jean Baptista, adentra o século XIX e acompanha o destino das ruínas de igrejas, das populações dispersas e dos objetos sagrados que ficaram das reduções . (John Monteiro).
GOMES, José Eudes. As Milícias d’El Rey: tropas militares e poder no Ceará setecentista. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2010, 359p . . Dissertação de mestrado vencedora do Prêmio Pronex/UFF Culturas Políticas, este livro aborda um tema de grande importância para a história dos índios, porém parcamente estudado: a estrutura e atuação de diferentes espécies de tropas militares nos processos de conquista, colonização e controle territorial na América portuguesa. Além de percorrer uma bibliografia ampla, o autor realizou uma pesquisa extensíssima em documentos impressos e manuscritos, enfocando de modo particular o Ceará. Enfoca de maneira original a participação e recompensa de tropas ameríndias, incluindo a identificação de doações de sesmarias a índios neste contexto. Inclui um bom número de mapas, tabelas, gráficos e ilustrações de interesse para a temática da história indígena . (John Monteiro).
GUILLERMO, Giucci. Sem Fé, Lei ou Rei: Brasil 1500-1532. Rio de Janeiro: Rocco, 1993, 239p . . Enfocando o primeiro período de atividades coloniais no litoral brasileiro, o autor apresenta uma sugestiva discussão sobre o papel de náufragos e degredados naquilo que chama de "colonização acidental". Enfoca de maneira interessante as fontes do período, que dizem várias coisas sobre as primeiras relações entre europeus e índios . (John Monteiro).
CYMBALISTA, Renato. Sangue, Ossos e Terras: os mortos e a ocupação do território luso-brasileiro, séculos XVI e XVII. São Paulo: Alameda, 2010, 364p . . Originalmente uma tese de doutorado, este livro aborda a formação inicial da América portuguesa a partir de um enfoque singular, buscando mostrar a importância “das complexas relações entre o espaço dos vivos, dos mortos e a realidade territorial na época da expansão colonial”. A investigação percorre uma documentação familiar (registros de missionários), enriquecida por imagens sacras, hagiografias e gravuras impressas mostrando cenas de martírio. Ao evocar martírios, relíquias, crenças e práticas, o autor inevitavelmente confronta “diálogos e traduções entre a cultura católica e ameríndia”. Se os primeiros capítulos tratam de maneira instigante este horizonte de convergências no espaço colonial, o último – dedicado exclusivamente aos índios – parece redundante e algo fora do lugar . (John Monteiro).
HOLLER, Marcos. Os Jesuítas e a Música no Brasil Colonial. Campinas: Editora da Unicamp, 2010, 254p . . Fruto de uma pesquisa exaustiva na documentação jesuítica, este livro traz aportes significativos para se pensar o uso e impacto da música sacra em comunidades indígenas no período colonial. A riqueza da documentação não é plenamente correspondida na abordagem analítica, embora o autor levante questões importantes e polêmicas no que diz respeito à aceitação pelos índios das formas musicais adventícias e ao contraste com a experiência jesuítica na América espanhola . (John Monteiro).
DIAS, Jill - org. Brasil nas Vésperas do Mundo Moderno. Lisboa: Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, 1991, 262p . . Catálogo do segmento sobre o Brasil da exposição Nas Vésperas do Mundo Moderno: África e Brasil, realizada em 1992 no Museu Nacional de Etnologia em Lisboa. Sobre a história dos índios, o livro inclui densos capítulos de Anna Roosevelt, João da Rocha Pinto, Luís Felipe de Alencastro, John Monteiro e Ângela Domingues. Dentre os itens relacionados no catálogo, muitos dos quais expostos pela primeira vez porém que se tornaram mais conhecidos em exposições subsequentes, destacam-se os objetos da Viagem Filosófica de Alexandre Rodrigues Ferreira que estão depositados na Academia de Ciências de Lisboa. Além das máscaras, armas e adornos, chama a atenção a belíssima cerâmica produzida pelas índias das vilas de Monte Alegre e Barcelos, tal qual descrita nas memórias de Ferreira e reproduzida nas estampas desenhadas pelos riscadores que acompanharam a viagem . (John Monteiro).