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Imagem: Jean-Baptiste Debret.
Base John Monteiro
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CYMBALISTA, Renato. Sangue, Ossos e Terras: os mortos e a ocupação do território luso-brasileiro, séculos XVI e XVII. São Paulo: Alameda, 2010, 364p . . Originalmente uma tese de doutorado, este livro aborda a formação inicial da América portuguesa a partir de um enfoque singular, buscando mostrar a importância “das complexas relações entre o espaço dos vivos, dos mortos e a realidade territorial na época da expansão colonial”. A investigação percorre uma documentação familiar (registros de missionários), enriquecida por imagens sacras, hagiografias e gravuras impressas mostrando cenas de martírio. Ao evocar martírios, relíquias, crenças e práticas, o autor inevitavelmente confronta “diálogos e traduções entre a cultura católica e ameríndia”. Se os primeiros capítulos tratam de maneira instigante este horizonte de convergências no espaço colonial, o último – dedicado exclusivamente aos índios – parece redundante e algo fora do lugar . (John Monteiro). |
NEVES, Erivaldo Fagundo - org. Sertões da Bahia: formação social, desenvolvimento econômico, evolução política e diversidade cultural. Salvador: Editora Arcádia, 2011, 720p . . Obra preparada para uso de alunos de História da Bahia, este polpudo volume traz 19 estudos baseados sobretudo em pesquisas em arquivos, com destaque para alguns repositórios locais. A temática indígena espalha-se discretamente pelo livro porém emerge de forma mais concentrada no alentado estudo de Maria Hilda Baqueiro Paraíso sobre a presença e atuação de povos indígenas diante da abertura de caminhos nos sertões do leste, entre Bahia e Minas Gerais. Também de interesse especial é o texto de Isnara Pereira Ivo, sobre “trânsitos culturais” nos sertões mineiros e baianos nos séculos XVIII e XIX, mostrando as relações entre sertanistas e índios . (John Monteiro). |
HOLLER, Marcos. Os Jesuítas e a Música no Brasil Colonial. Campinas: Editora da Unicamp, 2010, 254p . . Fruto de uma pesquisa exaustiva na documentação jesuítica, este livro traz aportes significativos para se pensar o uso e impacto da música sacra em comunidades indígenas no período colonial. A riqueza da documentação não é plenamente correspondida na abordagem analítica, embora o autor levante questões importantes e polêmicas no que diz respeito à aceitação pelos índios das formas musicais adventícias e ao contraste com a experiência jesuítica na América espanhola . (John Monteiro). |
Palmyos Paixão Carneiro. Os Índios de São Januário do Ubá (1690-1990). Ubá: Gráfica da Escola de Veterinária da UFMG, 1990, 104p . . Baseado numa ampla bibliografia, o livro estuda a presença dos índios na Zona da Mata mineira dos primeiros contatos por paulistas aos dias de hoje . (John Monteiro). |
PIÑÓN, Ana; FUNARI, Pedro Paulo A. A Temática Indígena na Escola: subsídios para os professores. São Paulo: Editora Contexto, 2011, 127p . . Destinado a “professores das escolas não indígenas”, trata-se de um livro paradidático que se mostra mais eficaz no manejo de conceitos e informações provenientes da arqueologia americanista do que dos debates atuais a respeito da história dos índios nas Américas. O livro traz uma discussão útil sobre a imagem dos índios ao longo da história, porém os índios surgem enquanto atores sociais e políticos apenas na conclusão, quando se faz uma referência rápida ao contexto da abertura política . (John Monteiro). |
PAIVA, Adriano Toledo. Os Indígenas e os Processos de Conquista dos Sertões de Minas Gerais (1767-1813). Belo Horizonte: Argumentum, 2010, 206p . . .Originalmente uma dissertação de mestrado em história na UFMG, este livro apresenta uma contribuição muito original e relevante para a história dos índios no Brasil. Ao enfocar a freguesia de São Manoel dos Sertões do Rio da Pomba e Peixe, o autor demonstra a complexa trama envolvendo atores dos mais variados e fascinantes, do vigário mulato Manoel de Jesus Maria, ao padre indígena Pedro da Motta, ao capitão dos Coroados Leandro Francisco Pires Farinho, entre outros. O autor lança mão de uma pesquisa muito extensa em manuscritos do período, com destaque para o arquivo eclesiástico local de Rio Pomba, onde identificou e classificou mais de 1000 registros de batismo de índios . (John Monteiro). |
SILVA, Giovani José da - org. Kadiwéu: senhoras da arte, senhores da guerra. Curitiba: Editora CRV, 2011, 211p . . Dividida em três partes (História; Antropologia; Educação, Linguagens e Artes), esta coletânea reúne estudos de especialistas para compor um quadro amplo, informativo e analítico, que dá conta dos avanços recentes em pesquisas sobre os Kadiwéu. No que diz respeito à história, Ana Lucia Herberts oferece um “panorama” dos Mbayá-Guaikuru abrangendo os séculos XVI a XIX; Giovani José da Silva enfoca um século (1899-1984) de conflitos pela posse da terra na Reserva Indígena Kadiwéu, percorrendo documentos históricos e relatos etnográficos realizados em diferentes períodos; Jaime Siqueira Jr. coloca o problema do território a partir das relações espacial e temporal que marcam a organização social dos Kadiwéu; Léia Teixeira Lacerda aborda a educação escolar, com algumas observações sobre a história; Filomena Sandalo lança mão de trabalhos etnográficos do passado para dialogar com os dados de campo sobre dialetos prosódicos e sua relação com a estratificação social Kadiwéu; Vânia Perrotti Pires Graziato também remete às etnografias do passado para situar a questão da arte no universo feminino da cerâmica . (John Monteiro). |
WILDE, Guillermo - org. Saberes de la Conversión: jesuítas, indígenas e imperios coloniales em las fronteras de la Cristandad. Buenos Aires: Editorial SB, 2011, 592p . . Excelente coletânea de textos preparados originalmente para as XII Jornadas Internacionais sobre as Missões Jesuíticas, o livro reúne 24 estudos originais sobre as relações entre jesuítas e diferentes povos do mundo, com destaque para as populações ameríndias na América do Sul. Os estudos abrangem uma grande variedade de temas, incluindo a escrita, línguas gerais, saberes científicos, relíquias, música e relações políticas. Uma última seção traz trabalhos sobre os jesuítas em outros contextos, abarcando o mundo muçulmano, China, Japão e Índia . (John Monteiro). |
SOUSA, Gabriel Soares de. Tratado Descritivo do Brasil em 1587. São Paulo: Hedra, 2010, 418p . . Organização Fernanda Trindade Luciani. Edição de bolso desta que seria a maior das fontes sobre povos indígenas escritas no século XVI. A organizadora cotejou a primeira “edição castigada” feita por Varnhagen em 1851 com a edição de 1879 (publicada um ano após a morte de Varnhagen) e com uma versão manuscrita pertencente ao acervo da Biblioteca Guita e José Mindlin. Traz uma nova introdução, que faz uma leitura dos textos de Soares à luz de uma bibliografia atual. Além de conservar as notas e comentários de Varnhagen no fim do texto, a organizadora agrega notas informativas que ajudam no esclarecimento da terminologia empregada pelo autor e que apontam para diferenças entre o texto estabelecido por Varnhagen e o manuscrito da Biblioteca Mindlin . (John Monteiro). |
BRIENEN, Rebecca Parker. Albert Eckhout – Visões do Paraíso Selvagem: Obra Completa. São Paulo: Capivara, 2010, 432p . . Com a reprodução e análise de mais de 800 imagens, este catálogo raisonné representa uma apreciação definitiva da obra do artista que deixou registros visuais preciosos, com algum destaque para a temática indígena. O texto é baseado no livro desta mesma autora . (John Monteiro). |