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Imagem: Jean-Baptiste Debret.

Base John Monteiro

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VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo; CARNEIRO DA CUNHA, Manuela - orgs. Amazônia: Etnologia e História Indígena. São Paulo: Núcleo de História Indígena e do Indigenismo, 1993, 431p . . Importante coletânea que traz 15 estudos sobre história, organização social, cosmologia e natureza, enfocando várias sociedades indígenas na Amazônia. Na parte sobre "História e Historicidade", destacam-se os trabalhos de Terence Turner sobre a relação entre história e cosmologia entre os Kayapó, de Bruna Franchetto sobre os discursos cerimoniais dos Kuikuro e de Rafael Menezes Bastos sobre a relação entre música e história entre os Kamayurá. Os textos ilustram de forma representativa algumas das tendências atuais da antropologia histórica . (John Monteiro).
RIBEIRO, Darcy. Diários Índios: Os Urubus-Kaapor. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, 627p . . Escritos entre 1949 e 1951, os diários relatam duas expedições empreendidas pelo autor entre os índios Urubu-Kaapor, povo Tupi do Maranhão. Além da leitura caracteristicamente agradável, os diários representam um material histórico de grande interesse, retratando o processo de contato, o papel dos sertanistas, a presença de populações diversas – de ex-quilombolas a índios "aculturados" – entre muitas outras coisas. Também documentam a busca deste autor pelas origens do Brasil, marca importante de suas obras subsequentes . (John Monteiro).
VANGELISTA, Chiara - org. Fronteras, Etnías, Culturas: América Latina, siglos XVI-XX. Quito: Abya-Yala, 1996, 258p . . Esta coletânea reúne os trabalhos apresentados num simpósio do Congresso de Americanistas de 1994 sobre fronteiras e grupos indígenas na América do Sul. Sobre o Brasil, há textos de Regina Gadelha, Denise Maldi, Chiara Vangelista, Ettore Finazzi-Agrò, John Monteiro e Loiva Félix . (John Monteiro).
GUILLERMO, Giucci. Sem Fé, Lei ou Rei: Brasil 1500-1532. Rio de Janeiro: Rocco, 1993, 239p . . Enfocando o primeiro período de atividades coloniais no litoral brasileiro, o autor apresenta uma sugestiva discussão sobre o papel de náufragos e degredados naquilo que chama de "colonização acidental". Enfoca de maneira interessante as fontes do período, que dizem várias coisas sobre as primeiras relações entre europeus e índios . (John Monteiro).
GALVÃO, Eduardo. Diários de Campo entre os Tenetehara, Kaioá e Índios do Xingú. Rio de Janeiro: Editora UFRJ/Museu do Índio, 1996, 397p . . Edição e organização de Marco Antonio Gonçalves. Transcrição integral de diários de campo deste notável etnólogo, marcando uma época importante na pesquisa de sociedades indígenas no Brasil. As anotações sobre observações etnográficas, questões práticas e outros personagens (incluindo, com destaque, Charles Wagley), abrangem três pesquisas: entre os Tenetehara no Maranhão (1941-43), Kaiowá no Mato Grosso [do Sul] (1946) e vários grupos no Alto Xingu (1947-1967). A introdução de Marco Antonio Gonçalves é bastante esclarecedora e o livro inclui um interessante caderno de fotos, retratando o etnólogo em diferentes momentos e situações de carreira . (John Monteiro).
GRANERO, Fernando Santos - org. Globalización y cambio en la Amazonía indígena. Quito: Abya-Yala, 1996, 472p . . Coleção Biblioteca Abya-Yala 37. Esta coletânea reúne 11 estudos de fôlego sobre os processos de mudança em sociedades ameríndias. Especificamente no que diz respeito ao Brasil, há três estudos, um de Alcida Ramos sobre as vozes do contato, um de Cecilia McCallum sobre língua e parentesco e um de Terence Turner sobre o uso do vídeo entre os Kayapó. No entanto, o livro inclui vários outros textos muito relevantes, sobretudo de Jean Jackson sobre a noção de cultura entre os Tukano; de Beverly Bennett sobre a saúde Machiguenga; Anne-Christine Taylor sobre as missões entre os Achuar; e Peter Gow sobre grafismo e xamanismo entre os Piro . (John Monteiro).
LEONARDI, Victor. Entre Árvores e Esquecimentos: história social nos sertões do Brasil. Brasília: Paralelo 15/Editora UnB, 1996, 431p . . Este livro reúne 21 ensaios do historiador, num tom que oscila entre o informal e o erudito, porém que é sempre provocativo. O autor aborda vários temas ligados à história dos índios, chamando a atenção para a omissão desta temática na historiografia brasileira, às vezes evocando uma comparação com outros países do continente. São particularmente pertinentes suas observações sobre o trabalho indígena e sobre a evangelização. Ao sublinhar os processos de violência, exclusão e exploração, Leonardi se propõe a decifrar o enigma do Brasil, nas palavras dele, buscando "entender como é que uma nação com uma origem tão dura pode ter traços tão meigos e carinhosos em suas formas diárias de viver..." (p. 185) . (John Monteiro).
Palmyos Paixão Carneiro. Os Índios de São Januário do Ubá (1690-1990). Ubá: Gráfica da Escola de Veterinária da UFMG, 1990, 104p . . Baseado numa ampla bibliografia, o livro estuda a presença dos índios na Zona da Mata mineira dos primeiros contatos por paulistas aos dias de hoje . (John Monteiro).
MEIRA, Márcio - org. Livro das Canoas: Documentos para a história indígena da Amazônia. São Paulo: NHII/USP, 1993, 239p . . Série Documentos. Transcrição integral do "Livro que há de servir para o registro das canoas que se despacharem para o sertão ao cacao e às peças, e das que voltarem com escravos", abrangendo o período de 1739 a 1755. Os registros trazem detalhes preciosos sobre os índios deslocados dos rios da Amazônia para Belém através dos descimentos e tropas de resgate, indicando o nome da "nação", o local de origem e a condição livre ou escrava dos índios. A breve introdução do organizador é esclarecedora, assim como é a lista de etnias mencionadas no livro . (John Monteiro).
FERREIRA, Mariana Kawall Leal. Histórias do Xingu. São Paulo: Núcleo de História Indígena e do Indigenismo, 1993, 239p . . A autora reúne e comenta numa excelente introdução várias narrativas de índios de diferentes grupos étnicos residentes no Parque Indígena do Xingu. Além de versões de mitos que se entrelaçam com memórias históricas, são de particular interesse as reconstituições das origens do contato e do estabelecimento do Parque . (John Monteiro).