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Imagem: Jean-Baptiste Debret.
Base John Monteiro
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BERLOWICZ, Barbara et al. Albert Eckhout Volta ao Brasil, 1644-2002. Copenhague: Nationalmuseet, 2002, 228p . . Este catálogo acompanhou a exposição de 24 quadros de Albert Eckhout referentes ao Brasil, pertencentes ao Museu Nacional da Dinamarca e mostrados em quatro cidades brasileiras (Recife, Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro) em 2002-2003. Além da reprodução dos quadros, o catálogo traz 14 artigos curtos sobre diversos aspectos da coleção e do contexto de sua produção e circulação. De especial interesse são os textos de Rebecca Brienen, que faz uma reconstrução especulativa sobre a função e disposição dos quadros no Palácio Vrijburg, na ilha Antônio Vaz; de Bente Gundestrup sobre o lugar desses mesmos quadros no gabinete de artes e curiosidades do Rei Frederik III da Dinamarca; de Ernst van den Boogaart, que realiza uma instigante análise dos quadros etnográficos, propondo uma leitura deles enquanto série ordenada hierarquicamente por “grau de civilidade”; de Dante Martins Teixeira, que estuda a relação entre os óleos pintados por Eckhout e os desenhos do Thierbuch de Zacharias Wagener, apresentando os textos de Wagener que acompanham cada desenho; de Berete Due sobre os artefatos ameríndios e africanos que fazem parte da coleção do mesmo gabinete dos quadros; e de Barbara Berlowicz, tecendo algumas considerações sobre conteúdo e técnica, chegando à conclusão de que o conteúdo etnográfico dos quadros “é menos realista do que se supõe normalmente”. A edição é bilíngue português-inglês . (John Monteiro). |
ALMEIDA, Luiz Sávio de; GALINDO, Marcos - orgs.. Índios do Nordeste: temas e problemas 3. Maceió: Edufal, 2002, 271p . . Após uma breve incursão pela história andina, com cinco textos de José Carlos Mariátegui e um estudo de Jaime de Almeida, a coletânea traz diversos estudos sobre a história e arqueologia dos índios do Nordeste, além de um trabalho sobre a política indigenista castelhana durante a "União Ibérica". Destacam-se o texto de Marcus Carvalho sobre os índios nas revoluções pernambucanas do século XIX e o interessante estudo de Joceny Pinheiro sobre história, memória e identidade entre os Pitaguary do Ceará . (John Monteiro). |
DABBEVILLE, Claude. História da Missão dos Padres Capuchinhos na Ilha do Maranhão e suas Circunvizinhanças. São Paulo: Editora Siciliano, 2002, 436p . . Trad. César Augusto Marques. Publicado em Paris em 1614, a História do capuchinho Abbeville tem duas traduções em português, a primeira de César Marques (1874) e a segunda, mais divulgada, de Sérgio Milliet (1945), cada qual, segundo o prefácio de Sebastião Moreira Duarte, "bem longe de ser perfeita". O relato é sumamente valioso não apenas pela descrição minuciosa dos Tupinambá do Maranhão, como também pelas narrativas indígenas embutidas no texto. Cabe ainda refletir sobre este texto enquanto relato histórico e não propriamente etnográfico . (John Monteiro). |
OSÓRIO, Helen - org. Catálogo de Documentos da Colônia do Sacramento e Rio da Prata: existentes no Arquivo Histórico Ultramarino, Lisboa. Rio de Janeiro: Nórdica, 2002, 375p . . Nos mais de 660 documentos arrolados para o Projeto Resgate, abrangendo o período de 1682 a 1826, há várias referências aos índios em relação aos conflitos entre espanhóis e portugueses na disputa pela Banda Oriental do Rio da Prata. Os grupos mencionados incluem os Guarani, Minuano, Charrua, Chane, Tape e Serrano . (John Monteiro). |
SOARES, João Paulo Monteiro; FERRÃO, Cristina - orgs. Viagem ao Brasil de Alexandre Rodrigues Ferreira. São Paulo: Kapa Editorial/Fundação Vitae, 2002, 469p . . 2 Volumes. De produção esmerada, estes volumes reproduzem o exemplar do Museu Bocage (Lisboa) das aquarelas realizadas para ilustrar a “Viagem Filosófica”. O primeiro volume é composto por “Desenhos de Gentios, Animais Quadrúpedes, Aves, Anfíbios, Peixes e Insetos” e o segundo por “Prospectos de Cidades, Vilas, Povoações, Fortalezas e Edifícios, Rios e Cachoeiras”. As ilustrações representando índios de diferentes grupos são de especial interesse, pois trazem informações ausentes ou equivocadas na versão mais conhecida destas imagens, pertencente ao Museu Nacional do Rio de Janeiro. Já os prospectos incluem vários desenhos que não fazem parte da outra coleção e que são de interesse para os estudiosos das populações indígenas. As figuras referentes aos índios são pouco esclarecidas porém a parte zoológica traz notas detalhadas de Nelson Papavero e Dante Martins Teixeira . (John Monteiro). |
SANTOS, Francisco Jorge dos. Além da Conquista: guerras e rebeliões indígenas na Amazônia pombalina. Manaus: Editora da Universidade do Amazonas, 2002, 216p . . Este livro registra a deplorável história de violência que marcou as relações entre portugueses e diversos povos indígenas na Amazônia durante o século XVIII. É especialmente interessante a abordagem da guerra contra os Mundurucus, apresentando muita documentação inédita . (John Monteiro). |
CARNEIRO DA CUNHA, Manuela; ALMEIDA, Mauro Barbosa de - orgs. Enciclopédia da Floresta. O Alto Juruá: práticas e conhecimentos das populações. São Paulo: Companhia das Letras, 2002, 735p . . Fruto de um belíssimo projeto coletivo, esta edição requintada reúne informações sobre práticas, classificações e conhecimentos dos povos da região do Alto Juruá (Acre e Amazonas), abrangendo as sociedades Kaxinawá, Katukina e Ashaninka, porém também dando destaque para os saberes dos seringueiros não indígenas. No que diz respeito à história num sentido mais estrito, há textos sobre a história recente destes povos, além de uma quantidade expressiva de fotos históricas. O livro inclui um ótimo índice remissivo . (John Monteiro). |
DIENER, Pablo; COSTA, Maria de Fátima. Rugendas e o Brasil. São Paulo: Capivara, 2002, 376p . . Fruto de um projeto ambicioso, este livro cataloga e reproduz a vasta produção artística de Johann Moritz Rugendas no que se refere ao Brasil. Os estudos que acompanham as ilustrações trazem aportes significativos para o conhecimento do "artista-viajante", situando a sua produção brasileira no contexto mais amplo de sua obra, que também abrange outras partes da América Latina, notadamente México, Chile, Argentina e Peru. Complementando as gravuras que acompanham a Voyage Pittoresque dans le Brésil (1835), os autores reuniram uma grande quantidade de obras de coleções particulares, incluindo quadros a óleo, estudos e aquarelas. Para além das imagens mais conhecidas através da Viagem Pitoresca, a temática indígena aparece em algumas telas sobre a paisagem e numa curiosa representação da "Primeira Missa Celebrada em São Vicente", uma tela de traços orientalistas . (John Monteiro). |
ALBERT, Bruce; RAMOS, Alcida Rita - orgs. Pacificando o Branco: cosmologias do contato no norte-amazônico. São Paulo: Editora da Unesp, 2002, 531p . . Importante coletânea, este livro reúne 17 estudos de etnólogos com pesquisa de campo no norte da Amazônia, introduzindo leituras muito ricas da relação entre cosmologia e história nas versões indígenas sobre a origem dos brancos e o evento do contato. Os autores trabalham não apenas com narrativas orais mas também com desenhos e com música. Os textos abordam questões ligadas a bens materiais, doenças, relações políticas, mito, ritual, retórica e vários outros assuntos. Em seu conjunto, o livro proporciona "uma referência obrigatória", nas palavras de Manuela Carneiro da Cunha na Apresentação . (John Monteiro). |
GOMES, Denise Maria Cavalcante. Cerâmica Arqueológica da Amazônia: Vasilhas da Coleção Tapajônica MAE-USP. São Paulo: Edusp/Impensa Oficial, 2002, 360p . . Este belo trabalho, além de oferecer um catálogo ilustrado das peças tapajônicas da coleção do museu, apresenta um estudo bem documentado do desenvolvimento cultural numa região da Amazônia. De particular interesse é o capítulo que coteja as evidências da coleção de cerâmicas com as hipóteses sobre a formação de cacicados, com base nos dados arqueológicos e etnohistóricos . (John Monteiro). |